segunda-feira, julho 18, 2005

Pessoas estranhas.

Hoje vi pessoas que não conseguia determinar.
Nem a idade nem dizer o que eram; a sua existência
De queimaduras solares, ultrapassava-me
Cada mulher era um garfo e casa homem
ironia
uma faca
Que se juntavam para preparar o devorar
Da realidade em mim..
Como pesadelos hiperbólicos. Algo
assim. Sorrisos com o magnetismo perfeitamente indiferente
ou uns olhares de palavra desconhecida.
A sua existência sabia a sal
na minha música silenciosa. Eram grupos
indecifráveis que existiam permanentemente.
Como um insulto. Como um ensinamento inatingível
em toda a minha humildade magoada. Sim. Estas pessoas estranhas.
Estas
Ondas que não provei tão
limpas. Estes jogos. Estes risos. Passavam em tons
no Sol dos meus olhos; azuis. Manchas.
Manchas de vidas
inscritas em tatuagens de suor.
E sangue e tinta; e saliva
nestas pessoas que não
sabia ler. Que transpiravam
insultos à minha ignorância genética. Estas.
Pessoas estranhas.
Eram talheres que retalhavam o dia
Para eu não
o devorar.
Estas. Pessoas estranhas.
Eram jovens com mais
do que luz.
Por decifrar.












J.


26/27/06/05

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