São dias rápidos na sua lentidão. Levantar de manhã cedo, despachar-me, comer qualquer coisa a caminho da faculdade. Tomar um café antes de entrar na sala, poucos minutos, segue-se hora e meia a ouvir, sentado. Aulas, almoço, aulas, tempo morto, um café com alguém ao fim do dia, já longe da faculdade. Uma conversa, banal ou nem tanto, um cigarro e um pouco de rádio enquanto conduzo. Já falta pouco até entrar em casa, jantar, e cair redondo no sofá, já com sono, acordar uma hora depois, computador, mais um texto, uma proposta de trabalho, ideias profissionais quando a imaginação não tem sido das melhores. É tarde. Como ontem e nos dias anteriores já é tarde. Vou dormir, ouvir o som estridente do despertador quando a manhã, também ela, vai acordando devagar, ensonada.
Despacha-te, P.
Com um pouco de sorte ainda vais a tempo tomar café antes de entrar na aula.
P.
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