quarta-feira, junho 27, 2007

All the What Cons

Vem rapar o cabelo comigo
e matar pretos
e ter um filho
e usar blusões de iodo
E pregar com perdigotos o fascismo
descansando nas minhas pernas brancas
como as vacas das arianas
Cheira a púbis e descobre em mim
As potencialidades de fazeres
Uma criança
Chelsea girls and Oi! Boys
Cai-nos a ferrugem pelos braços e pelo peito
Hitler lixou para sempre um estilo de bigode
E agora, agora engole
A minha saliva e tens o trabalho feito
Uma gaja para ti só como eu e tu.


Mas…
Ontem no meu sonho
Tinhas um focinho de anjo
E movias-te lentamente como uma nuvem
Solitária…
Eras mesmo tu –, Ou
o carbúnculo das margens podres
do Reno
Por retirar?
Saltaria sobre o mundo que está dentro de ti
E as minhas mãos atravessariam o teu peito chato
Nas partituras, na memória
dos metais para dançar
por entre as giestas ácidas dos teus germes
sentimentais;
Chovendo óleo cinzento na coroa ardente
Dos teus cabelos agressivos
Só para te ter
Só para te ter
Porque não uma libertação?
Um sufoco de glória, um berro
Reverberando pelos corredores da mente?
(Oh,) Não fujas de mim…
Eu morro como o céu
Lentamente entre os minutos
e as horas
Só para te acompanhar



Bares.
As pausas nesses bares.




J.

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