Não, há por aí um dragão qualquer. Á espreita, púrpura, a brincar e a jogar com as luzes e a penumbra. Reflexos dele por aqui e por ali. Velozes olhares, assim às vezes, quando julgam que não estou a olhar. As outras pessoas na rua, digo. São os pólenes e essas cenas todas libertadas das árvores agora em fim de estação: andam no ar, impossíveis de serem evitados, os olhos cegam e as lágrimas misturam-se com aquele vento quente enquanto passamos uma mão áspera pela cara seca; e ele, logo ali, a escapar-se cheio de sorte, menos um momento e tê-lo-íamos visto.
E Julho, que é daqueles meses intermédios.
Assim meio estranhos.
Não estamos já bem aqui; mas também não chegamos a estar em nenhum outro lugar.
J.
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