segunda-feira, janeiro 22, 2007

Back In Black





O meu super herói favorito vai voltar a usar o meu uniforme favorito.
Eu sempre gostei do homem aranha. A minha paixão por bds veio do homem aranha. E a minha paixão pelo homem aranha veio do meu pai, que um dia me alugou no clube de vídeo ao pé de minha casa uma cassete com as aventuras do homem aranha em “brasileiro”. Mind you, era uma ganda cassete. Depois apareceram os desenhos animados do homem aranha, mulher de fogo e homem de gelo na televisão, e, um dia, estava com o meu pai num quiosque enquanto ele comprava o jornal, e tive uma epifania. Mas que raio…? O homem aranha, em banda desenhada? Pai, pai, compra-me o homem aranha!
Ok. Ponto número um desta narrativa. O meu pai nunca foi do género de me introduzir ou comprar este tipo de coisas. Nunca gostou de me comprar cds, cassetes, bandas desenhadas, whatever. O que me comprava muito (também porque eu ás vezes fazia birras de meia noite) era brinquedos (G.I. joes, baby), legos, playmobils, essas cenas todas. Eu brinquei com brinquedos até imensamente tarde e não me envergonho nada disso, para aí até ao meu sexto ano, talvez. Mas revistas e coisas desse tipo? Não, não era muito fácil…os livros que me comprava só mos comprava muitas vezes (e eram aos três e quatro de cada vez) porque a minha mãe estava com ele – era tradição quando íamos ao continente da amadora fugir para a secção de livros e meter três ou quatro no carrinho de compras de uma vez – portanto, para resumir, fiquei surpreendido quando ele se riu e me disse, Queres que ta compre?
E eu só posso dizer: grande erro que ele cometeu. Agora, olho para a minha esquerda, e na minha estante (que já está cheia demais, e em breve terei de arranjar outra) repousam qualquer coisa como quatrocentas revistas de banda desenhada. As principais, é claro, do homem aranha.
O meu herói favorito tem uma história interessante, e talvez seja por isso que o escolhi (também queria escolher os x-men na altura quando era mais novo, mas a minha semanada de 200 escudos não me dava para comprar revistas deles). Gosto das piadas dele, do azar que, pelo menos dantes, sempre costumava ter, sei lá, para mim o homem aranha é o símbolo máximo da definição de um super-herói, talvez por ter sido o primeiro super-herói do qual tive conhecimento (as tartarugas ninja e o he-man não contam).
Este post está a perder-se um bocado mas o que eu queria dizer era: eu adoro o homem aranha, principalmente este fato, de entre todos os fatos que ele já usou (e ao qual irá voltar em definitivo, o que é uma grande mudança, já que o seu uniforme azul e vermelho é, já, icónico); eu fazia bandas-desenhadas quando era miúdo do homem aranha durante as aulas na primária (ainda tenho algumas); e um dos meus sonhos sempre foi, e sempre será, ir para os estados unidos, Nova Iorque, e ser argumentista deste meu herói, comprar as revistas todas dele, etc, etc, etc. é um dos meus últimos resquícios de miúdo, comprar revistas do homem aranha; é o meu lado mais geek do qual eu nunca me envergonhei.






J.

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