(sim, este tipo estava mascarado)
Voltei do Carnaval! Foi porreiro, para dizer o máximo. E o mínimo. Enfim, foi porreiro. Doidos ofereceram-me o rabo (“anda ali, vamos ali eu e tu”), pastores sem dentes mascararam-se de anjos com funis na cabeça, gaitas na boca, pedaços de inhame na mão, samarras e ramos de azevinho nas costas a fazer de asas, queimou-se o Entrudo cuja pila improvisada foi feita com uma mangueira. Fiquei atolado com o jipe de um amigo meu no meio do campo e confundiram-me várias pessoas, ao longe, com o meu avô que já morreu há treze anos, enquanto andava de cabeça baixa. O meu avô morreu há treze anos. Que grandes bestas. E mais? Mais nada. Tou com sono, andei a dormir pouco, a amar muito, a filosofar assim-assim. E como todos nós sabemos, amor, filosofia e sono nas proporções certas dão uma bela – e deliciosa – tarte de atum.
O meu Carnaval foi giro. O meu Carnaval foi assim.
J.
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