quinta-feira, setembro 22, 2005

Éramos assim
Como torres numa encosta de chuva
tão perene quanto as nossas
vidas curtas
a baloiçar
; cristalizadas numa qualquer certeza
menos física
que louca.





Já não sei bem como éramos
, presos a reflexos imaginados
de espelhos côncavos
Num engano longo sem luz
mas sombras.
Uma certeza,
porém:
Escolhíamos que a nossa decifração
Tivesse as mesmas ramificações
metálicas
com que a insónia que sentíamos
entre o partir e o chegar
às caudas de um sono serpenteado
pela ausência Um do Outro.







Éramos assim
Fundidos numa rocha quente
de dúvidas imrpóprias
aos assassinos
Com correntes do nosso sangue
artificial
;
Venenosas.






03/14/13/14/09/05





J.

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