Uma vida simples seria o desejável, se gostasse de um ambiente bucólico à minha volta: tenho uma casa na aldeia, iria para lá grande parte do tempo (para fugir à "metrópole"...), precisava de um gato, do meu gato, que o iria buscar aos meus avós. Entre os cheiros do campo, o frio do Inverno, e os foguetes das festas no Verão, escreveria livros atrás de livros, com alguma ou pouca música, só eu e o meu trabalho. Mas eu não sou assim, pouca gente é assim; é por gostarmos da dificuldade e do risco, que persistimos: os ganhos serão maiores sempre, à sua maneira, conseguindo persistir, e triunfar, face a uma vida que, à boa maneira humana, conspira, inevitavelmente, contra nós.
J.
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