domingo, dezembro 17, 2006

o vento transforma a minha pele em cabedal e tu desapareces, antes que ele sopre o teu nome.
o vento transforma a tua pele em cabedal e a luz pálida do teu reflexo à frente do sol é um momento de descoberta; sentir a maquinaria da natureza, as engrenagens em cada salpico de água;

respirar juventude

a minha pele transforma o vento em cabedal. uma multidão de jovens engravatados sai de dentro de um prédio, suados de tanto dançarem, olhos com olheiras e hálito a álccol, e contemplam o sol pela primeira vez ante um novo silêncio.

eu não fiz nada disto
- penso,

também escolho contemplar o sol
apesar de já o esperar
fico tão aficcionado

emocionado como eles
o vento transforma o sol

em





J.

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