segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Cabra, parte 1

A cabra está sentada a sorrir como uma cabra, pele flácida e nojenta e branca como uma morte anunciada, a garrafas de gin e licor a pedirem que as chupem mais e mais vezes, o gato preto magro da cabra debate-se do aperto da sua mãe, e cabra sufoca o gato e enfia-o na cona para sentir prazer, para se masturbar no seu próprio ideal de cabra, a boca da cabra contorce-se e distorce-se em vários sorrisos, vampíricos uns calculista e de cabra outros, outros maquiavélicos ou incontinentes de fealdade, as mamas mortas e descaídas a espreitarem atrás de uma túnica suja, deslavada, a cabra matou meninos e destroçou a vida de muitos outros apenas sendo, existindo como cabra, abre a sua cona, da cona sai outra cabra, cabra, cabra mil vezes cabra, expelida num vómito vaginal de fumo negro, minotáurica, chifruda como por dentro cabra é e cabra foi e a cabra cabra-te, cabra, sua puta, vais foder com a tua própria cabra e seres ainda mais cabra se possível, cabra, cabra, o teu nome

Conhecem-no os demónios



J.
(parte2: Mina Angelova)

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