quarta-feira, julho 11, 2007

Ensaio

As mulheres vestem-se de tinta e de
aves para voar por dentro, os homens despem as suas
paisagens inscritas no corpo para
voar por fora
As mulheres não ousam suspirar, os
Homens falam quando passa mais um presságio
quente. Abraçam as mulheres, ajoelham
os homens, enquanto cai
Um arquivo andante; Forma de homem
para os homens que o encontram logo, forma
de touro para as mulheres que o procuram no limite da sua juventude entre
palácios. Chegam as mulheres; Dos homens,
as pernas ficaram cotos, mas as
Mulheres ainda sabem
O que está por trás das portas e
dos mares subterrâneos de ar
congelado, os homens esperam apenas ter sorte
lambendo as montanhas de cinzas das caves escuras e
tostam aoSol marcado, pegam
nos sinos as mulheres para poderem
badalar os homens de prazer
feminino. Ajoelham-se as mulheres
com aço nas íris e dançam
os homens em silêncios interiores,
vestem-se as mulheres e curvas
substituem pêlos. Os homens ganham pinças, pirâmides
e pedaçoes de ventanias; as
mulheres entram para poças translúcidas na erva
, param as buscas desenfreadas que a caracterizavam.
Os homens nascem deixam que as mulheres os
vejam enquanto nascem das escamas de crocodilos gigantes,
rezam as mulheres por mais abismos.
Saem de quadros, provam o sangue terroso fermentado
com nuvens da imaginação incolor
dos homens.
Suspiram
as mulheres expiram os
Homens
Inspiram


17/06/2006


J.

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