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E as minhas pequenas férias acabaram. Deve ser do fim da tarde ou da música estupidamente calma e luminosa que toca, de uma miúda com voz de anjo, mas não me sinto como há um ano: cansado, esgotado de um ano que não foi o meu, um bocado perdido entre os dias do início do Verão. Parece que estou a viver mais, agora - ou que, pelo menos, estou com os pés mais assentes na terra; talvez a pensar no que mais importa. As orais - esse terrível bicho. parece-me tudo tão longe e tão distante, e tão fácil... tão óbvio. O estudo que sinto que vou ter que fazer - quase sem esforço, quase sem nenhum esforço. O fato que não me vai pesar, o nó da gravata perfeito, um café entre as espera das notas e outra coisa qualquer. Dois dedos de conversa para contar pequenas histórias, pequenas vivências dos guerreiros verbais todos que passam por mim. Estou passado. Budapeste, Viena, Praga, o que vier virá. Sambade depois, sempre tão bom, e o estúpido mistério permanente de Setembro. Nunca sei o que faço em Setembro.
Não há qualquer final
J.
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