Ainda a lista (parte 1)
sobr eo post que publiquei há um dia ou dois atrás, frequentes têm sido as perguntas acerca de algumas bandas - não são, normalmente, muito faladas e os clips passam pouco, ou não passam, nos canais de música como a mtv, por exemplo. Acho que algumas são relativamente populares, como goldfrapp, deftones, radiohead, smashing pumpkins, the doors, mas as outras gozam de pouca, ou nenhuma, popularidade. Se vos interessa um estilo específico de música, ou pretendem saber mais das bandas referidas atrás, aqui vai, por ordem
: Sobre os the mars volta, escrevi um (longo demais) post sobre eles, que suspeito estar já nos arquivos. Para a versão resumida, é uma banda de prog-rock, adepta do jamming. mars volta admira-se pelos cds mas também, muito mais, pelas actuações ao vivo. são adeptos das canções longas, rodadas como filmes, letras profundas, sem por vezes terem sentido (já largaram a cocaína e a heroína, mas é possível que ainda escrevam sob o efeito de ácidos), e solos de guitarras permanentes. têm o melhor baterista vivo da actualidade e dos melhores guitarristas do mundo. para quem é fã de uma banda de guitarras, conseguindo-se ultrapassar a estranheza inicial torna-se um vício autêntico.
Placebo, uma banda cuja fama, de glam rock, foi retirada após a sua aparição no mui prestigiado filme velvet goldmine. são, também, uma banda de guitarras (pelo menos eu considero-a como tal), e têm a particularidade de terem um vocalista bissexual com uma estrnaha voz andrógina a que facilmente nos habituamos (ou não). é rock, directo, embora tenham envergado por uma vertente um pouco mais elctrónica no seu último álbum, que, na minha opinião, lhes retirou alguma qualidade. as baladas costumam ser bastantes bonitas, e o disco que aparece na lista é uma autêntica viagem por estados de espírito variados.
At The Drive-in. Poucos conhecem a banda, querendo dizer com poucos, quem gosta e percebe razoavelmente de música rock mas tem menos de 20 anos. os At The Drive-in separaram-se num peculiar acto de harakiri quando lançaram o seu terceiro álbum de originais (sem contar com variados eps), relationships of command, considerado por muitas revistas de música um dos melhores álbuns do ano em que foi lançado (desconheço em exactidão a data). é rock rapidíssimo, duro, absolutamente viciante, sempre, sempre a abrir. foi a saída em grande de uma das maiore sbandas rock norte-americanas (e, quiçá, do mundo) que mais rpesença tinham em palco, e de forma mais interessante e original apresentavam uma mescla de 2d-punk, e prog-rock, com ritmos algo latinos, muito difusos.
Goldfrapp. Aqui, abrem coldplay no concerto em novembro, e se eu fosse ao concerto, seria para vê-los, e não tanto aos coldplay. é uma banda elctrónica. glam, também, o que quer que isso queira eventualmente dizer. é a forma como soa. especializam-se na electrónica mais para o lenta do que para o rápida, de batidas diferentes ao normal, acompanhadas por uma voz belíssima, a da menina goldfrapp, conhecida por fazer a vida difícil aos entrevistadores. quem gosta de eletrónica, esqueça deep dish, fischerspooner, ou vive la fête - esta banda é seguramente a rainha da electrónica de trazer por casa, em formato mais pop.
loopless. uma banda portuguesa. oscilam entre o chill-out e o jazz - com um baterista jazz muito, muito bom, e prestações ao vivo a tenderem perigosamente (elogio) para esse mesmo lado. é mais chill out e jazzy que saint germain, por exemplo. díficil de encontrar (eu nunca vi o cd deles à venda, só mo copiaram), mas muito, muito boa banda para se ouvir no verão.
quase o mesmo se poderia dizer de smoke city, com as únicas diferenças de a banda ser inglesa mas a vocalista ser brasileira, oscilando as suas letras entre o português, o inglês, e o francês, e o samba e a bossa nova a tirarem o jazz do caminho. para o verão, também, mas têm-me dito que é banda para todos os dias, faça sol, chuva, ou neve. eu concordo.
Beth Gibbons pode parece um nome razoavelmente desconhecido, o que originou algumas dúvidas por quem me perguntou quem era ela. beth gibbons era, e é, a vocalista dos portishead. este trabalho a solo não é bem pop, não é bem chill out, não é defenitivamnete trip-hop. é bonito, e muito, muito calmo. as críticas variaram, quando o álbum saiu. uns críticos consideraram-no razoável, outros dos melhores do ano. quanto a mim, quando o ouvi pela primeira vez, não gostei nada. só posso agradecer a mim mesmo me ter esquecido de o devolver no dia seguinte.
desert sessions: não é uma banda. são sessões, justamente, no deserto. mais explicitamente, no rancho de josh homme, vocalista, guitarrista e mentor da banda queens of the stone age. todos os anos o josh reúne uma porradona de amigos durantes três, quatro dias, andam lá a fazer umas palhaçadas, fazem uns acordes, cantam um bocado, e saem de lá com discos do caraças. este tem o condão ter a P.J. Harvey, e todas as músicas em que ela entra são absolutamente incríveis. é rock, sim, e tem o estilo inconfundível do josh na guitarra - é simplesmente um bom disco rock. muito bom mesmo.
Omar Rodriguez-lopez - é o mentor dos the mars volta. este é o seu único álbum a solo. é a banda sonora d eum filme que não existe - ou melhor, só existe na sua cabeça. ninguém canta no álbum, tirando a quarta e última música (o álbum tem onze) com aparições do seu pai e do vocalist dos the mars volta, respectivamente. o álbum é só guitarras, alguma bateria, palmas a servir de percussão, saxofone por vezes, muito lá ao longe, e barulho, barulho de resfolegares, televisões sem estarem sintonizadas, e paisagens musicais incríveis; e aind a guitarra do jhon fruciscante, guitarrista dos red hot chilli peppers. imaginem um álbum de chill out tipo saint germain (de novo, para ser mais fácil) onde a voz aparece poucas, ou nenhumas vezes, e substituam tudo isso por GUITARRAS, ao desvario. o álbum é isso. é dificil de arranjar, também. tive a sorte de o encontrar numa loja de música em florença.
daqui a uns dias, as outras bandas. espero que esta explicação possa fomentar a procura, agora que já sabem como cada banda é, mais ao menos, dessa mesma música.
J.
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