sábado, setembro 03, 2005

Fora do Mundo? Estou Fora.

ok então eu venho do fim do mundo e vlto para aqui, para Lisboa, para A Navalha e para a net em geral. Certo? Certo. E vejo o Fora do Mundo acabado. O blog do meu ex-professor de direito constitucional (e ciência política) que gaguejava difusamente e com um sentido de humor inteligente e nervoso, fechou; acabou. Tudo bem que ele praticament ejá não lá escrevia, mas ainda assim, era o blog dele (era mais o blog do Pedro Mexia...)
Bem, o Fora do Mundo pode ter acabdo, mas era um blog do caraças. Acabar um blog, para quê? tudo bem, eu já acabei um blog, mas isso era porque ele nos asfixiava, criáramos a nossa própria armadilha. Com o infame, suponho que tenha acontecido o mesmo, e no novo começo do Fora do Mundo, a lição parecia estar aprendida. Não há razão alguma, excepto a de que, talvez, um blog seja quase uma espécie de brinquedo para uma geração de meia idade que vive com o seu estado civil de solteiro, as suas gadgets, as suas noitadas no caso dos simples, os seus livros, as suas horas no computador e a sua tv cabo no caso dos mais cultos. E talvez como qualquer brinquedo, não sei - as pessoas se cansem dele. O nosso blog não é um brinquedo para nós, é apenas mais uma ramificação da nossa existência escrita, penso. Mas tenho pena que o Fora do Mundo tenha acabado. Sinceramente. Eu gostava do blog do pedro Mexia, e, secretamente, pensava que ele vinha cá visitar o meu, como grande mestre que fizesse os seus juízos de valor em silêncio absoluto. Porque o gajo é meu mestre, tem de ser, por força das coisas - ele é licenciado em direito, eu sou só um caloiro; ele tem os poemas publicados num livro, eu tenho os meus publicados nos dossiers amarelos do meu quarto; o homem já leu mais do que eu, mas não leu tanto quanto eu. Enfim, eu gostava da porra do blog. E o facto de ser também do meu profesor de CPDC só o tornava ainda mais erótico.


portanto, fodam-se, bem que podiam ter continuado. Façam outro, voltem sempre, deixem aqui um comentário, já não me podem chumbar. (isto saiu tudo de rajada.)




J.

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