quinta-feira, novembro 17, 2005

Popvert

(escreve uma carta a ti mesmo)

Ele
Abre a boca e solta as mandíbulas,
Pede:

- Não me roubem o sol que não me pertence Nada, o absolutamente nada, a escuridão, Total e Absoluta, pelo que és,
Popvert entrando noutros locais ácidos, V
- Vias algo de Errado


não sei se te ouça, como seja se nos sentíssemos…

e assim me ouvias, nas paisagens desfocadas de uma voz, Ela
faz o melhor que pode mas quer-se, Sim,
Serei todo meu inimigo, quando te vir em mim
- Já senti tudo isso, antes

Em todas as maneiras O que vias?








Queres a certeza, queres O desejo ensaiado, robusto Pretexto Numa sociedade mista de máquinas e homens-serpente Do tempo alucinatório

- Fugiste de uma cidade de espelhos copulatórios


Que eles precisam
É
















Tudo aquilo de que precisam.

















J/P

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