quinta-feira, junho 30, 2005

Sonho 1.

Quando disseram que eu era inferior a ti plantaram uma depressão de vento no canal do meu umbigo, Eu disse, sei o que pensei pelo menos com as minhas mãos que davam à luz golfadas de morcegos de luz opaco-vermelha , Não acredito, não é possível, Agora
Agora estou perdido num processo de risos hilariantes de cicatriz, agora no meu quarto de paredes de água oblíquo-onomatopaicas 14 mulheres saudar-me-ão oferecendo-me bocas de garfo e peitos de árvore milenar, Estás
A tentar anular-te gramaticalmente, questiono Um cozinheiro vestido com metal de todas as cores e oito braços sincopados em Z recita em termos de ópera soporífera Past Present and Future Tense enquanto aranhas que perco a conta lhe sobem rimando pelo corpo em acasalamento Isto nunca aconteceu Mas eu vi-te ir num grito de mil janelas estilhaçadas, Contando os corpos o Jardim Meronvigiano assoma como um espasmo soluçado Mulheres nuas e todas elas loiras fazem sexo tão silencioso que se torna violento com tigres de bengala que me sorriem eruditamente Tu hesitaste Sim hesitaste enquanto ele morria em si mesmo numa gargalhada cardíaca e tarzans estáticos de pele roxase riam das lanças de fogo que raivosamente gritando se desintegravam no ar Deitados de costas em pilares cobertos num oh eu admito Supra-amarelo céu onde as nuvens convergiam em espirais hipersónicas de medo corpóreo com olhos mecânicos Tu na toda sua omnipotência Tu hesitaste Sim tu hesitaste eu preparava-me para questionar o mistério da tua ausência enquanto as estátuas gregas que adornavam o jardim em ruínas propositadas engoliam e chafurdavam nas metáforas nas mentiras Nas maquilhagens artificiais e nos corações desenhados que vomitavam em gestos fluidos das suas bocas de pedra Isto nunca aconteceu Mas eu vi-te ir Enquanto desistia e voltava a subir para a minha cama de facas farpadas num desintegrar de fogo líquido para enfim Adormecer.










J.

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