terça-feira, outubro 04, 2005

//

Ponto.
11:30 da manhã.
Ponto.


Dizer, querer dizer, como começar o predicado inconstante, cada passo, certo ponto, cada ponto, que voz
poderia ser esta, dizer, como querer,
que dia poderia ser este – ainda a iminência, presumo agora, se soubesse como seria
tão fácil, saber que o seria Sim



Seria fácil fosse este o dia para tal. Ainda o digo. Ainda o presumo.



- Concretamente –

Diria que ainda há um certo gosto em brincar com a força das palavras,
saber que
são livres de se perderem e inutilizar Sim
seria incrível querer agora tê-lo, ele [ao limitativo plano dos dias],
como se fosse mais uma virgula implacável perdida,

,
- Implacavelmente –

Seria outro jogo finito, indefinido, seria dizê-lo, mais um plano superficial, pouco abrangente, desencontrado,
Tenho toda a sede do mundo das minhas próprias palavras. E isso significa o que significa.




[Tenho toda a sede do mundo nas minhas próprias palavras.]




É a única maneira de me reprovar.
-
Ainda vou a tempo de me provar.



Ponto
10:30 da noite.
Ponto

Queria sentir a placidez jazzística, mastigar a minha
persistente
insistente
resistente
repetente – Peço

Posso tentar parar, chegar para o lado as paragens,
parar, parar, parar,
sob os joelhos.
Parar.




Tenho andado a pensar em como c u s p i r o que antes pensava perder.
Planar no surreal

Tenho algo a dizer:




Que raio ando a tentar fazer?








P.





(P.S.: Hoje é o dia do Animal)

|