sábado, outubro 01, 2005

porque a pertinência é subjectiva.

Sou capaz do possível e do impossível, só que às vezes o impossível dá algum trabalho a mais mas isso não quer dizer que seja mais difícil; é mais complicado, tudo bem, mas é que isso pode ser chato mais ainda assim ah pois também é verdade mas, tipo, ainda não decidi em quem vou votar pois pois, mas o que eu queria mesmo era ganhar a lotaria e comprar um g’anda carrão e pagar um lar porreiro à velha e uma casa, não, um casarão, lá para os lados de Alcochete para assistir aos treinos do Sporting e, é verdade, perdemos, mas também já estava a ver o caso mal parado mas queria contar-te uma cena, lembras-te da outra gaja de que te falei, sim essa loira, meio gordita, não me lembro bem do nome, mas yah, tipo, já, como dizer, fechei o negócio, é verdade, eh eh, aqui o teu amigo não pára ainda no outro dia estava a tomar café com o não-sei-quantos, que era teu colega e andava com aquela histérica, sim, eles já acabaram, mas o tipo disse-me que arranjou um g’anda negócio a vender morfina ao pessoal do intendente, porque um farmaêutico que ele conhece anda a arranjar aquilo bem barato e, tipo, o gajo perguntou-me, tipo, se eu queria entrar na cena e, e, e como andava à procura de uns biscates p’ra ganhar uns trocos extra, tipo, até estava a pensar fazê-lo, Era fixe, não achas, tipo, mas pronto, de resto, contigo também tá tudo bem como se vê por esse sorriso matreiro, meu sacana, ‘tá fixe, ‘tá fixe, mas ok, tens de ir, não é, pois, eu compreendo, então a gente vê-se por aí; fica bem, rapaz, vai dando notícias.




P.

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