segunda-feira, maio 02, 2005

crónicas de um encalhado parte II

Passou quase uma semana (equivale a dizer uns tempos) desde que postei algo aqui. o pedro brindou isto com um poema meio hímnico, e outro post. mas vejo A Navalha como uma filha minha, uma criação minha (e quem diz minha, diz obviamente nossa, sendo eu apenas um dos dois pais), e vejo-a vazia, por falta de tempo, talvez inspiração - bem, eu só queria escrever obras-primas qui ainda que falassem só do dia, uns pensamentos a fugir num banco de comboio ao início da tarde, mas também queria, aqui está o dilema, escrever todos os dias. bem... nada mais como recuperar o tempo perdido, os testes pelo meu lado têm-se vindo a acumular (não diria os do pedro, ele só tem exames, mas ele poderá falar por si, tem a sua quota parte de trabalho com trabalhos de grupo), e faz tanto sol que faz impressão.
Nos últimos dias não me tenho sentido estranho. talvez seja uma má notícia, pois eu sou apologista da minha vida ser o mais tipicamente atípica - ainda que teoricamente, ainda que no papel e nas teorias partilhadas num café qualquer na zona baixa de Lisboa - o que só pode ser o prenúncio para algo de mau. Não me sinto estranho. Os dias passam e os poemas começam a sair todos diferentes, mas cada vez mais todos assustadoramente reais.
Também já não sinto saudades dos tempos em que estava bem sozinho, lambendo como um lobo ferido as feridas que um amor arrancado a frio provocara em mim. Metáforas interessantes. Pois. Quem tenha lido o meu peculiar (e infelizmente único daquele estilo - sim, infelizmente) post Crónicas De Um Encalhado, parte 1, talvez já tenha percebido isso mesmo. Sei lá, tenho simplesmente falta do amor questionado, do jogo do engate e do fascínio inicial de tudo, talvez. Um pouco saudade de sentir outra vez. não sentir que vivo os dias só para mim.
Alguma morena com estilo e algo na cabeça que consiga manter uma conversa interessante por mais de uma hora está disponível? eu digo morenas - mas acabo sempre por andar com loiras, ironicamente, portanto também se pode abranger este pedido a todas lol



amanhã postarei um poema e livrarei este gume curto da sombra pretensa da futilidade.


J.

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