Tejo.
Existem quase infinitas histórias a serem contadas
Sobre este rio que é maior que o medo no
olhar cheio de sangue opaco
Dos que sempre eternamente duvidam
; maior que a imensidão do meu
olhar sobre ele,
porque em latidos de bocejos não consegue
perspectivá-los sobre todos
os ângulos de visão ao dizerem o seu
Nome.
Queima numa imensidão de
crenças e turistas ou ainda nas mesmas
crianças que sabem o que é a realidade melhor que eu,
e que têm o mesmo nome que
Alfama, ou; Cais do Sodré ou uma Belém a horas
mais mortas de dia, quando
O Mundo ali à volta rasga-se num ar quente em gritos triunfantes
de chacais. è sobre em ti que a tua vista
que repousam os amantes com uma infinitude de
juventude qye eu não consigo sentir
em mim. Somos já demasiado velhos
, para recriarem as nossas existências, regurgitar
Os valores morais que nos fizeram muito
mais e muito menos que humanos
Em lugares que não existem, e
Em lugares que não existem senão
em ocntos e sonhos, mesmo que lá estejamos e
sintamos o cheiro a pedra e a
rugosidade e aspereza dos cheiros a
Verão
E Água
. És o sangue desta cidade, uma estrofe só
de água e barcos ainda antigos
Traineiras de aventuras puras e
elétricos de amores primeiros
Perfeitos
Beijos roubados àcidos, convulsões
indignas de poetas indignos.
E o Sol a faiscar
Nos barcos
Tejo
És a fúria por demais sorridente
E o sorriso misterioso desta
cidade inatingível.
21/07/03/05
J.
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