sexta-feira, outubro 19, 2007


Bom dia alegria.

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quinta-feira, outubro 18, 2007

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segunda-feira, outubro 08, 2007

O estado da Arte

My face is finished, my body's gone.
And I can't help but think standin' up here in all this applause and gazin' down at all the young and the beautiful.
With their questioning eyes.
That I must above all things love myself.

I saw a girl in the crowd,
I ran over I shouted out,
I asked if I could take her out,
But she said that she didn't want to.

I changed the sheets on my bed,
I combed the hairs across my head,
I sucked in my gut and still she said
That she just didn't want to.

I read her Eliot, read her Yeats,
I tried my best to stay up late,
I fixed the hinges on her gate,
But still she just never wanted to.

I bought her a dozen snow-white doves,
I did her dishes in rubber gloves,
I called her Honeybee, I called her Love,
But she just still didn't want to. She just never wants to.

I sent her every type of flower,
I played her guitar by the hour,
I patted her revolting little chihuahua,
But still she just didn't want to.

I wrote a song with a hundred lines,
I picked a bunch of dandelions,
I walked her through the trembling pines,
But she just even then didn't want to. She just never wants to.

I thought I'd try another tack,
I drank a litre of cognac,
I threw her down upon her back,
But she just lay up and said that she just didn't want to.

I thought I'd have another go,
I called her my little ho,
I felt like Marcel Marceau
must feel when she said that she just never wanted to. She just didn't want to.

I got the no pussy blues.


(a pedido de várias famílias: letra de Nick Cave)

J.

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segunda-feira, outubro 01, 2007

Os segredos mais belos ficam melhores quando partilhados


Sejamos claros: de todos os álbuns que ouvi no ano de 2007, tenho já um melhor que todos os outros, que ultrapassa sem sombra de dúvidas os que já ouvi, e irá, tenho a certeza, fazer o mesmo com os que até hão-de vir (e já conto com o novo dos Mars Volta, agora em Outubro). Esse álbum é só um álbum, mas que álbum.

Esse álbum chama-se Bavarian Fruit Bread, e é o primeiro projecto a solo de uma menina chamada Hope Sandoval.

Sejamos parcos em introduções e não mastiguemos as palavras…: A música é divinal. É algo que nunca ouvi em outra qualquer banda, em qualquer outro lugar. É algo que nunca encontrei antes. Que dá vontade de chorar e de sorrir ao mesmo tempo. É absolutamente…perfeita. Perfeita.

Descobri o álbum perfeitamente por acaso no blog do Pedro Mexia, Estado Civil (desde já, o meu muito obrigado… não o estendo, porém, a the national, mas sei que aqui falo maioritariamente sozinho), num clip que ele deixou da música Drop – a primeira do álbum de que agora falo. Adorei. Pareceu-me fantástica. Pus logo a sacar, procurei na fnac. Mas Deus, o quanto demorava. Enfim, conversas à parte, consideremos todas as hipóteses. And then some. Tudo sabe bem. Bem. A velocidade das canções, a voz etérea e de menina, da menina – um pormenor com uma harmónica flutuante aqui e ali. Cinco estrelas? Seis ou sete. Não é música triste, não é música down – é simplesmente música bela. Despida de estilos, ou preconceitos, rótulos ou lucubrações. Tudo sabe bem – é incrível; não há nada mau ali. Tudo é belo demais para ser maculado, mas tudo merece ser observado e saboreado, com doçura, incansavelmente. É uma sede nunca saciada, mas deixada a adormecer, dia, após dia…

São dez canções. É a menina Hope Sandoval com o vocalista (ou será guitarrista? E será que me interessa?) dos My Bloody Valentine. Já por aí se pode ver qualidade. Mas isso não quer dizer nada. E ainda assim quer dizer pouco, quando falamos deste disco. É música para Sempre, para tudo, para Todos. É o meu salvamento no meio de uma tempestade, é o alívio, e o melhor Silêncio, numa viagem de madrugada de volta a casa no carro. É o presente que se dá ás pessoas de quem se gosta: deixa-me mostrar-te a beleza como eu a sinto. Deixa-me mostrar-te o que é uma coisa bela. E depois mo dirás. Mas antes ouve. Não desistas à primeira. Ouve muito. Ouve até entrar. Ouve até Perceberes. Ouve até te perderes. E depois encontra-te nas canções. Para te poderes deixar perder outra vez.

E foi por essa razão que escrevi isto para vocês.



J.

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